Coloque-se diante de uma criança ou adolescente algumas opções de lazer, dentre outras:
Computador
(com internet, é claro),
Veículo
motorizado (carro, moto),
Filme
na TV,
Balada,
ou uma festa qualquer,
Leitura
de livros,
Provavelmente,
em escolha espontânea, a leitura de livros (mesmo na internet) perderá quase
sempre para outras opções.
Assim
como se oferece ao mesmo publico um cardápio variado de alimentos como:
sorvetes, bebidas (alcoólicas ou não), doces, bolos, sanduíches, carnes ou
saladas de legumes e verduras, os mais saudáveis não serão escolhidos, via de
regra, de forma natural.
Algumas
coisas na vida nos seduzem espontaneamente, pelo prazer que proporcionam, já
outras tem que nos ser induzidas, até que o habito seja incorporado em nossas
rotinas.
Não
devemos nos tornar monges em busca da perfeição e do conhecimento supremo,
forçando nossa natureza de maneira intransigente, na busca de hábitos
saudáveis.
Afinal
a vida é para ser vivida, e não levada sob o peso apenas das obrigações e do
cumprimento de nossos deveres.
Nem
tanto ao céu, nem tanto a terra. Tudo na vida tem seu valor e o que aprendemos
no dia a dia, na internet, na TV, no clube, nas baladas, nos passeios, compõem
com o que aprendemos na escola, a bagagem que nos servirá ao longo da jornada
de evolução e aprendizado.
Um
cardápio pobre de opões limita e restringe o desenvolvimento de nossos talentos
e habilidades inatas, assim como restringe a grande experiência que a vida nos
oferece e cobra.
Como
induzimos nossas crianças na conquista de bons hábitos alimentares, favorecendo
suas estruturas biológicas e orgânicas, para que dêem o melhor de si e sejam
mais felizes, não podemos deixar por conta deles também, as escolhas do
aprendizado e do desenvolvimento pessoal.
Muitos
pais crêem que devem deixar que seus filhos façam suas escolhas desde cedo, e
que se aprende tanto lendo na Internet, quanto num livro de papel, ou num
e-book.
Um
hábito se consolida até certa idade, depois disso será mais difícil, (mas não
impossível) induzi-lo em qualquer pessoa, (adolescente ou adulto).
A
Internet se constitui numa poderosa ferramenta de estudo e pesquisas, mas pelas
distrações e facilidades que oferece, não pode ser disponibilizada sem
orientação a crianças e jovens sem disciplina.
Do
ponto de vista do desenvolvimento e da maturidade neurolinguistica nada
substitui uma boa e saudável leitura, e a plataforma que se usa é menos
importante que o conteúdo e a continuidade.
Crianças ou adolescentes podem ser
acompanhados com atenção para que não cedam as tentações e distrações, e até
que criem o habito e a disciplina para se conduzirem em seu auto-aprendizado.
Educar
não é torcer o pepino, mas adubá-lo e alimentá-lo com insumos que permitam o
seu pleno aflorar e desenvolvimento.
Deixar
desde cedo que cada qual escolha o quer comer, beber, ler ou assistir, com o
argumento de que é bom para o caráter e para a personalidade do aprendiz, é se
omitir do papel de educador e contribuir para formação de cidadãos obesos e flácidos,
tanto no corpo quanto na mente.
Como
seres holísticos, devemos buscar em “mens sana in corpore sano”, os instrumentos
de integridade e autonomia na conquista de nossos sonhos e objetivos, e para
podermos, ao fim da jornada afirmar a nós mesmo: “Vivi plenamente e tudo valeu
a pena”.
João
Drummond
Nenhum comentário:
Postar um comentário