Era Uma Vez...
No Reino das Fake News...
“Advertência – Este conto é baseado em uma história
real e qualquer semelhança não é mera coincidência”.
Era uma vez...
há muito, muito tempo...
Em Brasileia a
mentira e a hipocrisia corriam soltas, de mão dadas pelas vilas e campos do
reino.
Havia um
decreto no Reino que: quem propagasse Fake News sofreria as duas penas da lei.
Ninguém sabia quem o promulgara, mas mesmo assim ele existia. Ficara a cargo do
conselheiro/xerife Xandrim, a definição sobre quais mentiras seriam Fake News,
quem as cometia, e quem pagaria caro por elas. É claro que este crime e suas
penas só recaiam sobre adversários políticos de Xandrim, ou mesmo quando lhe
desse na telha, baseado tão somente em sua antipatia pessoal.
O príncipe
herdeiro Loola, esperado quando assumisse o trono, como o rei sábio e
pacificador, por alguma estranha magia se transformara em um sapo barbudo
rancoroso, vingativo, e afim de fuder com todos que, no passado contribuíram de
alguma forma para a sua prisão por corrupção contra a Coroa Real.
O pânico se
espalhava pelo reino, já que por esta mesma magica funesta, a picanhan, principal
produto da economia real, base do sistema alimentar interno e de exportação
estava se transformando nos campos de plantio em aboboras, que em Brasileia era
utilizada para a alimentação das suas enormes criações de suínos.
Começava a
sobrar comida para os porcos e faltar para as pessoas. Isto era um problema já
que no Reino os porcos eram considerados sagrados e receptores das encarnações de
seus súditos que deixavam este mundo, para o mundo dos mortos.
O príncipe
Loola, de descendência camponesa, fora alçado ao trono por meio de uma ampla
aliança entre grupos que sempre foram antagônicos no Reino, mas que se uniram
para depor o antigo Rei, que derrubara seus privilégios e sua mordomias.
Este consorcio
imaginara que ao assumir, o Rei Loola, implementaria um reinado de equilíbrio e
prosperidade, dividindo o poder entre seus apoiadores, pelo critério de
competência e conhecimento.
Ao contrário
disto, dispensou seus aliados de ultima e impôs um reinado de terror e
opressão, colocando em postos chaves, antigos aliados, não pelo critério de
competência, mas de fidelidade a ele exclusivamente, é claro.
As pessoas se
perguntavam, onde estava aquele antigo rei que outrora governara com moderação
e competência, mas que hoje aparecia como este indivíduo, falastrão e raivoso
levando o Reino a beira do caos?
As forças
militares haviam sido colocadas em quarentena dentro dos quarteis, em trabalhos
banais e medíocres, para impedir que interferissem no projeto de poder tirânico
que fora colocado em curso, pelo Rei e seus fiéis aliados.
A tensão
aumentava exponencialmente no Reino, com aumento de crimes de toda natureza,
aumento de doenças, redução da produção dos campos e pelas ameaças que vinham
das fronteiras.
O Reino estava
à beira da derrocada e corria a boca pequena que o Rei Loola estava ficando
louco. Está claro que isto tinha que ser desmentido todo dia pelos arautos que
percorriam os povoados, os campos e as vilas.
Baixou-se um
decreto que: quem fosse flagrado propagando tais “mentiras” iria direto para o
calabouço, seus bens seriam confiscados e seus familiares banidos.
Segue...
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