7 de abr. de 2023

No Reino da Fake News

 


Era Uma Vez... No Reino das Fake News...

 

“Advertência Este conto é baseado em uma história real e qualquer semelhança não é mera coincidência”.

Era uma vez... há muito, muito tempo...

Em Brasileia a mentira e a hipocrisia corriam soltas, de mão dadas pelas vilas e campos do reino.

Havia um decreto no Reino que: quem propagasse Fake News sofreria as duas penas da lei. Ninguém sabia quem o promulgara, mas mesmo assim ele existia. Ficara a cargo do conselheiro/xerife Xandrim, a definição sobre quais mentiras seriam Fake News, quem as cometia, e quem pagaria caro por elas. É claro que este crime e suas penas só recaiam sobre adversários políticos de Xandrim, ou mesmo quando lhe desse na telha, baseado tão somente em sua antipatia pessoal.

O príncipe herdeiro Loola, esperado quando assumisse o trono, como o rei sábio e pacificador, por alguma estranha magia se transformara em um sapo barbudo rancoroso, vingativo, e afim de fuder com todos que, no passado contribuíram de alguma forma para a sua prisão por corrupção contra a Coroa Real.

O pânico se espalhava pelo reino, já que por esta mesma magica funesta, a picanhan, principal produto da economia real, base do sistema alimentar interno e de exportação estava se transformando nos campos de plantio em aboboras, que em Brasileia era utilizada para a alimentação das suas enormes criações de suínos.

Começava a sobrar comida para os porcos e faltar para as pessoas. Isto era um problema já que no Reino os porcos eram considerados sagrados e receptores das encarnações de seus súditos que deixavam este mundo, para o mundo dos mortos.

O príncipe Loola, de descendência camponesa, fora alçado ao trono por meio de uma ampla aliança entre grupos que sempre foram antagônicos no Reino, mas que se uniram para depor o antigo Rei, que derrubara seus privilégios e sua mordomias.

Este consorcio imaginara que ao assumir, o Rei Loola, implementaria um reinado de equilíbrio e prosperidade, dividindo o poder entre seus apoiadores, pelo critério de competência e conhecimento.

Ao contrário disto, dispensou seus aliados de ultima e impôs um reinado de terror e opressão, colocando em postos chaves, antigos aliados, não pelo critério de competência, mas de fidelidade a ele exclusivamente, é claro.

As pessoas se perguntavam, onde estava aquele antigo rei que outrora governara com moderação e competência, mas que hoje aparecia como este indivíduo, falastrão e raivoso levando o Reino a beira do caos?

As forças militares haviam sido colocadas em quarentena dentro dos quarteis, em trabalhos banais e medíocres, para impedir que interferissem no projeto de poder tirânico que fora colocado em curso, pelo Rei e seus fiéis aliados.

A tensão aumentava exponencialmente no Reino, com aumento de crimes de toda natureza, aumento de doenças, redução da produção dos campos e pelas ameaças que vinham das fronteiras.

O Reino estava à beira da derrocada e corria a boca pequena que o Rei Loola estava ficando louco. Está claro que isto tinha que ser desmentido todo dia pelos arautos que percorriam os povoados, os campos e as vilas.

Baixou-se um decreto que: quem fosse flagrado propagando tais “mentiras” iria direto para o calabouço, seus bens seriam confiscados e seus familiares banidos.

Segue...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário