20 de fev. de 2011

AO NASCER DO SOL


Toda manhã, ao nascer do sol, na savana africana, uma gazela se levanta e põe-se a correr. Ela sabe que sua vida dependerá disto.
Toda manhã, ao nascer do sol, na savana africana, um leão se levanta e põe-se a correr, ele sabe que tem que encontrar alimento para não perecer.
Então, ao nascer do sol, na savana da vida, sejamos gazelas ou leões, é bom que comecemos a correr, porque o sucesso ou fracasso de nossa existência será definido pela nossa capacidade de superarmos a inércia, a preguiça e ao desanimo.
A cada vida, por menor que seja, foi determinado um objetivo e a capacidade para realizá-lo. A cada um de nós foi concedida a oportunidade e o direito de escolhas.
Assim é que a semente eclode em nova vida, vencendo na integridade do seu núcleo, todas as intempéries e todos os predadores que conspiram contra o seu sucesso.
Assim é que todo embrião, nos segredos de sua bioquímica, supera a lógica das apostas contrárias, e quebra a tirania das bancas que insistem em relegá-lo ao fracasso.
As escolhas que nos foram facultadas são exclusivamente nossas, não de sistemas, ou especialistas. No âmago de nossas almas, temos os valores que nos permitem exercê-las.
Ouvir a voz do coração é uma destas habilidades únicas de que podemos nos valer para tomar decisões integras, enquanto o barulho ensurdecedor da mediocridade ainda não corrompeu e destruiu nossas consciências.
Os lírios seguem crescendo com suas qualidades únicas, que estão escritas por Mãos Divinas nas entranhas do seu DNA.
As formigas continuam o seu traçado único e inconfundível cumprindo com a busca incessante de um objetivo que a vida lhes ofereceu para sua realização como criaturas.
Cada qual de nós tem esta possibilidade de realização pessoal, se conseguir-mos continuar ouvindo, em meio, aos ruídos estranhos e a barbárie, aquela voz tênue e incansável que vem do coração.

João Drummond







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