Nossa história começa quando o chefe dos mensageiros é flagrado entregando a um membro do parlamento, um pacote de pepitas de ouro, para que o mesmo facilitasse o fornecimento do guaca-mole de baixa qualidade para as despensas do Imperador.
Todos
sabiam que os mensageiros estavam a serviço de Robertison Jefferto, o
trambiqueiro mercador de bugigangas que, às vezes fazia bico no parlamento,
como representante do povo.
Denunciado
por corrupção Jefferto resolveu jogar merda no grande ventilador do Império e
revelou pela primeira vez a existência de uma força sinistra que denominou de
Mensalação.
Força
esta que, segundo ele seria emanada de um crânio calvo reluzente proveniente da
província das Minas. A dita força teria então o poder de corromper mentes e
corações de membros do parlamento para que as malandragens e falcatruas do
Reino prosperassem.
Muitos
diziam que o Mensalão era uma lenda. Passou
a se discutir no Reino se o Mensalão existia de verdade ou era apenas uma
ficção criada por mentes doentias.
O
professor Joaquindiana se lembrou do dia em dava sua costumeira palestra sobre
civilizações desaparecidas. Em certo momento percebeu no fundo da sala um homem
de capa preta e a aba do chapéu sobre os olhos, que permanecia imóvel e atento
a sua fala.
Ao
fim da palestra, já se despedindo de seus ouvintes notou que o estranho personagem
desaparecera.
Saía
tarde da noite, caminhando pela rua escura, em meio à forte chuva quando
percebeu que era seguido. Apertou o passo preocupado e quando virava uma
esquina se deparou com um vulto imóvel a sua frente. Já se preparava para a
abordagem quando o homem de capa preta lhe entregou uma pasta e sumiu na
escuridão.
Chegou
em casa já se refazendo do susto e tratou logo de abrir a pasta. Era
correspondência de um antigo mestre e pesquisador que pensava, já falecido, o
professor Sepúlperten.
O
professor revelava dentre outras coisas que vivia agora entre uma tribo
indígena perdida nos rincões das Minas e falava do sumiço de um crânio calvo
reluzente, que havia sido roubado da caverna onde era mantida sobre forte
vigilância por ferozes guerreiros tupaniquás.
O
professor pedia ajuda de seu mais dedicado pupilo na recuperação do “cranio
calvo reluzente”, e alertava para os perigos que ele representava para a
segurança do Reino.
Segundo
ele a força por ele emanada, chamada pelos indígenas de menza-lion na sua
língua nativa, era perigosa e precisava ser contida e selada urgentemente.
O
professor Joaquindiana teve pela primeira vez conhecimento da expressão que
traduziu para Mensalão. O mestre lhe alertava ainda na carta, que se
investigasse com cautela a seita secreta PATRA-LUL, porque suspeitava que o
roubo fora obra de seus agentes.
Muitos
no reino negavam sua existência. Para eles o Mensalão seria uma história criada
pela mente doentia de Jefferto, para se livrar das denuncias de corrupção.
A
notícia sobre a existência do Mensalação ganhava as ruas, praças e aldeias e o
Reino se dividia neste debate.
O
professor Barbosajones, em sua busca pelo cranio calvo reluzente fez muitos
inimigos, dentre eles o mais ferrenho o adido russo Ricardowsk Lewandow, que a
boca pequena, diziam se tratar de um agente duplo.
Joaquindiana
Baborsajones começou sua árdua missão de procurar indícios da presença do
Mensalão, e de personagens que haviam sido cooptados pela sua força sedutora e
sinistra.
Seu
esforço se concentraria então localizar o cranio calvo reluzente, devolve-lo à
guarda da sua tribo, extinguir com o Mensalão, localizar cada agente submisso a
sua força corruptora e finalmente mandar todos eles para a masmorra.
Era
uma tarefa considerada quase impossível por muitos, mas que o dedicado
professor, em sua segunda identidade de determinado e valente caçador pretendia
levar a ferro e fogo, mesmo sobre risco a sua integridade e vida. Contaria para
tanto com um grupo de fieis ajudantes.
Segue
Obs.:
Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com personagens reais, cenários
e fatos terá sido mera coincidência.
João Drummond
Nenhum comentário:
Postar um comentário