16 de jun. de 2013

Mentes Transmissoras e Receptoras


Seria possível se transmitir pensamentos entre pessoas à distancia? Alguns estudos e pesquisas apontam nesta direção, mas do ponto de vista da ciência não se pode ser absolutamente afirmativo.
A ciência exige, para consolidação de suas teses, a experimentação sobre controle, de forma repetitiva, de tal modo que seus resultados possam ser comprovados, de maneira inequívoca e segura, nas mesmas condições de tempo/espaço.
Os experimentos neste sentido foram e continuam sendo feitos em muitas Universidades e centros de pesquisa ao redor do mundo.
Estes testes consideram sua repetição e a porcentagem de acertos, de tal forma que a partir de determinados resultados se possam estabelecer, pelas leis das probabilidades, respostas que superem a condição de simples acaso.
Neste aspecto o fenômeno da telepatia, não conseguiu sair, apesar das inúmeras tentativas, da condição de tese, ou teoria para a de lei reconhecida e aceita pela ciência.
A telepatia se encontra ainda naquela condição que foi descrita por Shakespeare, como que: “há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia”.
Todo o dia nos deparamos com fenômenos cuja explicação não encontra guarida na solidez do pensamento cientifico, e a partir deste ponto a imaginação tenta suprir as lacunas da nossa razão com farto material que os arquivos da historia nos dispõem.
A física quântica é a ciência que mais se aproxima do reconhecimento tácito sobre os poderes da mente e dos recursos desconhecidos da consciência, campo este mais afeto aos esotéricos, gurus e médiuns.
Estudando a propagação de ondas no espaço, sabemos que as ondas eletromagnéticas se formam e se irradiam a partir da superposição de dois campos em movimento oscilatório: o campo elétrico e o campo magnético.
Por analogia poderíamos supor, (apenas supor), que a transmissão de pensamento por si não seja possível, a exemplo do campo elétrico puro.
Mas se agregarmos sentimento a este pensamento, teríamos então um campo similar ao magnético, capaz de se sobrepor ao campo de pensamento, criando uma onda oscilatória de natureza diversa das duas primeiras, com a faculdade de se irradiar a distancia, atingindo desta forma outro córtex (receptor) oscilando na mesma faixa de freqüência. Que nome teria esta onda? Talvez pudéssemos chamá-la de onda pensa-sentimento ou senso-pensamento.
Os mentores motivacionais atribuem ao pensamento emocionalizado, uma condição sine qua non para as grandes mudanças e conquistas em nossas vidas, porque segundo eles esta condição é a única capaz de romper com nossas armaduras de crenças consolidadas que nos mantém aprisionados em zonas de conforto, e ao mesmo também colocar em ação a suposta conspiração universal.
Atribui-se a estes pensamentos também todos os dissabores e desgraças que nos atingem, quando inadvertidamente acionamos energias negativas desconhecidas e sem controle.
A irradiação de ondas de pensa-sentimentos explicaria também, muitos fenômenos do cotidiano, como os pressentimentos bons e maus, as mudanças de humores, as idéias luminosas etc.
Este fenômeno também daria um pé de apoio para uma contra tese, à eficácia do vodu, da bruxaria, da macumba e da magia negra.
Consideradas no rol das crendices e mitos populares estes rituais tribais e primitivos, são levados a serio por boa parte de nossa opinião publica. A idéia de se conquistar o amor de alguém ou matar um desafeto via magia negra, não prevalece por si.
Mas se as duas pessoas em questão estivessem ligadas por algum laço afetivo, (negativo ou positivo) uma poderia funcionar como transmissora e outra de receptora de ondas de pensa-sentimentos, numa ação de influencia e obsessão.
O bruxo, apenas teria o trabalho de dar foco e intensidade a onda irradiada pelo contratante em direção ao seu alvo. Muitos destes chamados trabalhos de bruxaria, na verdade não ocorreram como um ritual de magia negra, mas foram irradiados de forma espontânea e inconsciente pelo transmissor ao colocar no ar ondas de pensamento emocionalizadas, que encontram à distancia um receptor na mesma faixa de freqüência. Se o suposto alvo estiver em outra, aquela transmissão não o atinge.
Como conclusão desta analise precisamos considerar que temos em mãos um poderoso instrumento para nos levar ao sucesso ou ao fracasso, e cuja natureza real desconhecemos.
Não conseguimos, muitas vezes, dimensionar o poder do nosso cérebro, e nem programá-lo adequadamente para nos auxiliar em nossos objetivos. Seria sábio relaxarmos esta engrenagem complexa e poderosa vez por outra e ouvir atentamente o sussurrar de suas entranhas.

                                                            João Drummond



Nenhum comentário:

Postar um comentário