Seria
possível se transmitir pensamentos entre pessoas à distancia? Alguns estudos e
pesquisas apontam nesta direção, mas do ponto de vista da ciência não se pode
ser absolutamente afirmativo.
A
ciência exige, para consolidação de suas teses, a experimentação sobre
controle, de forma repetitiva, de tal modo que seus resultados possam ser comprovados,
de maneira inequívoca e segura, nas mesmas condições de tempo/espaço.
Os
experimentos neste sentido foram e continuam sendo feitos em muitas
Universidades e centros de pesquisa ao redor do mundo.
Estes
testes consideram sua repetição e a porcentagem de acertos, de tal forma que a
partir de determinados resultados se possam estabelecer, pelas leis das
probabilidades, respostas que superem a condição de simples acaso.
Neste
aspecto o fenômeno da telepatia, não conseguiu sair, apesar das inúmeras
tentativas, da condição de tese, ou teoria para a de lei reconhecida e aceita
pela ciência.
A
telepatia se encontra ainda naquela condição que foi descrita por Shakespeare,
como que: “há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe nossa vã
filosofia”.
Todo
o dia nos deparamos com fenômenos cuja explicação não encontra guarida na
solidez do pensamento cientifico, e a partir deste ponto a imaginação tenta
suprir as lacunas da nossa razão com farto material que os arquivos da historia
nos dispõem.
A
física quântica é a ciência que mais se aproxima do reconhecimento tácito sobre
os poderes da mente e dos recursos desconhecidos da consciência, campo este
mais afeto aos esotéricos, gurus e médiuns.
Estudando
a propagação de ondas no espaço, sabemos que as ondas eletromagnéticas se
formam e se irradiam a partir da superposição de dois campos em movimento
oscilatório: o campo elétrico e o campo magnético.
Por
analogia poderíamos supor, (apenas supor), que a transmissão de pensamento por
si não seja possível, a exemplo do campo elétrico puro.
Mas
se agregarmos sentimento a este pensamento, teríamos então um campo similar ao
magnético, capaz de se sobrepor ao campo de pensamento, criando uma onda
oscilatória de natureza diversa das duas primeiras, com a faculdade de se
irradiar a distancia, atingindo desta forma outro córtex (receptor) oscilando
na mesma faixa de freqüência. Que nome teria esta onda? Talvez pudéssemos
chamá-la de onda pensa-sentimento ou senso-pensamento.
Os
mentores motivacionais atribuem ao pensamento emocionalizado, uma condição sine
qua non para as grandes mudanças e conquistas em nossas vidas, porque segundo
eles esta condição é a única capaz de romper com nossas armaduras de crenças consolidadas
que nos mantém aprisionados em zonas de conforto, e ao mesmo também colocar em
ação a suposta conspiração universal.
Atribui-se
a estes pensamentos também todos os dissabores e desgraças que nos atingem,
quando inadvertidamente acionamos energias negativas desconhecidas e sem
controle.
A
irradiação de ondas de pensa-sentimentos explicaria também, muitos fenômenos do
cotidiano, como os pressentimentos bons e maus, as mudanças de humores, as
idéias luminosas etc.
Este
fenômeno também daria um pé de apoio para uma contra tese, à eficácia do vodu,
da bruxaria, da macumba e da magia negra.
Consideradas
no rol das crendices e mitos populares estes rituais tribais e primitivos, são
levados a serio por boa parte de nossa opinião publica. A idéia de se conquistar
o amor de alguém ou matar um desafeto via magia negra, não prevalece por si.
Mas
se as duas pessoas em questão estivessem ligadas por algum laço afetivo, (negativo
ou positivo) uma poderia funcionar como transmissora e outra de receptora de
ondas de pensa-sentimentos, numa ação de influencia e obsessão.
O
bruxo, apenas teria o trabalho de dar foco e intensidade a onda irradiada pelo
contratante em direção ao seu alvo. Muitos destes chamados trabalhos de
bruxaria, na verdade não ocorreram como um ritual de magia negra, mas foram
irradiados de forma espontânea e inconsciente pelo transmissor ao colocar no ar
ondas de pensamento emocionalizadas, que encontram à distancia um receptor na mesma
faixa de freqüência. Se o suposto alvo estiver em outra, aquela transmissão não
o atinge.
Como
conclusão desta analise precisamos considerar que temos em mãos um poderoso
instrumento para nos levar ao sucesso ou ao fracasso, e cuja natureza real desconhecemos.
Não
conseguimos, muitas vezes, dimensionar o poder do nosso cérebro, e nem
programá-lo adequadamente para nos auxiliar em nossos objetivos. Seria sábio
relaxarmos esta engrenagem complexa e poderosa vez por outra e ouvir
atentamente o sussurrar de suas entranhas.
João Drummond
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