Segundo
um dos conceitos clássicos (fonte Wikipédia), livro é um volume transportável, composto por páginas encadernadas,
contendo texto manuscrito ou impresso e/ou imagens, e que forma uma publicação
unitária (ou foi concebido como tal), ou a parte principal de um trabalho
literário, científico ou outro.
O
livro, em sua forma final é tradicionalmente visto como um trabalho pronto,
fechado, desejavelmente sem erros de gramática, ortografia, formatação, edição,
impressão, etc. de tal forma que, mesmo ao observador mais atento não seja
possível localizar e apontar erros de qualquer natureza.
Sabemos
que este poderia ser seu conceito ideal antes do advento das novas tecnologias
que vem sendo colocadas a serviço da literatura.
Este
resultado final, sendo obtido mediando o concurso de profissionais de distintas
áreas, a um custo tal que o tornaria proibitivo ao autor com poucos recursos,
mesmo que com muito talento.
Escrever
um livro de qualidade, com boas idéias, criatividade, capaz de atrair e prender
a atenção de muitos leitores seria a tarefa exclusiva do autor e escritor. Sua
formatação final ficaria ao cargo de outros profissionais desta linha de
produção, e de disponibilidade de recursos que tornariam um investimento de risco.
Dentro
de uma impressão tradicional a produção de livros só compensaria se feita em
quantidade tal que sua relação de custos viabilizasse sua colocação dentro das
possibilidades do mercado consumidor.
Isto
porque depois de todo o trabalho e dos custos envolvidos, ainda haveria o
problema de divulgação e distribuição do livro em questão, para torná-lo
acessível a este mercado.
Poucos
autores conseguem criar Best Sellers, quando seu talento tem o apoio decisivo
da indústria editorial, da critica literária e da aceitação pública. A produção
de livros via projetos culturais se tornou extremamente restritiva, pelo
formato burocrático e técnico dos projetos, e pela sua oferta limitada., quase
que zero diante da demanda de publicações.
Autores
pouco conhecidos e que conseguem ter acesso a estes recursos se vêem muitas
vezes com um estoque que se configura peso incomodo, já que deve ser repassado
via doações ou vendas forçadas, (a parentes e amigos).
Pode-se
perceber que este não é um processo muito democrático, já que muitos grandes
talentos podem ter frustrada uma carreira literária, que como uma promessa de
semente plantada em solo infértil, teria sua germinação e desenvolvimento
abortados, por falta de recursos técnicos e financeiros.
Foi
ai que as novas tecnologias da informática e da informação chegaram para mudar
os rumos desta história. Com elas um livro pode começar como o embrião, que
mesmo imperfeito e fraco, nasce e pode prosperar dentro de possibilidades
muitas vezes limitadas, e ganhar a dimensão de um universo em expansão
continua.
Com
elas qualquer autor pode dar vazão a sua veia e ao seu talento literário, se
tornando com poucos recursos, alem de criador, também o editor, formatador,
capista, divulgador e vendedor da sua obra.
Se
ela se tornará um Best Seller, se será bem aceita pelo grande publico e pelo
mercado editorial é outra historia, mas já existem casos conhecidos.
A
grande verdade é que, assim como plantar uma arvore e ter um filho, escrever um
livro tem um significado especial para quem o faz.
Se
esta arvore crescerá torta ou minguada, se o filho apresentará problemas de
saúde e de pouco desenvolvimento, ou se o livro ficará restrito a poucos
leitores (amigos e familiares) não importa. A experiência humana deu mais um
passo a frente em sua expressão mais sublime e mágica. A Vida ganhou mais uma
maneira e forma de prosperar.
João Drummond
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