“Não pronunciem estas palavras. Lacrem a tumba”.
Com um titulo nada convencional para o seu estilo, a respeitada revista britânica “Science And Myths”, trouxe em 1976, uma reportagem de capa que chocou seus leitores. O jornalista John Khussak relata nela, parte da expedição comandada pelo pesquisador dinamarquês Rhonn Krugger, que depois de meses de escavação, rompe o lacre da tumba do menos conhecido e mais misterioso dos faraós do antigo Egito. Na verdade ele se referia a faraó Hatshepsut
Embora sobre o reinado de Hatshepsut muito seja conhecido, sempre pairou certo mistério sobre ela pelo fato de ter sido a única mulher faraó, cujos 22 anos de governo foi um dos períodos de maior desenvolvimento e opulência do país. Foi mais poderosa que Cleópatra ou Nefertiti, mas quando seu domínio político terminou, seu nome desapareceu na obscuridade...
Como seu poder e influência se estenderam muito além do Egito, é intrigante o desaparecimento de qualquer vestígio sobre a soberana nos monumentos a ela dedicados, principalmente o imponente Templo de Amon, em Karnak, cujas paredes, inicialmente cheias hieróglifos contendo narrativas sobre Hatshepsut foram apagados. Não morreu de forma misteriosa, mas alguém sistematicamente eliminou qualquer sinal de sua existência.
Especula-se erroneamente que possa se ter feito passar por homem, porque em várias esculturas é apresentada com barba, contudo o nome Hatshepsut, com o qual se tornou conhecida, era, na verdade, um título cuja tradução quer dizer: “A Primeira das Nobres Senhoras”, e foi no cargo de madrasta do sucessor que assumiu a regência. Ignora-se a data exata do nascimento de Hatshepsut, mas supõe-se que ela tenha nascido na cidade de Tebas, atual Luxor, no século 15 a ,C. no final do reinado de Amenotep I.
Relata John Khussak que ao atingir a urna mortuária Rhonn Krugger teria determinado ao lingüista da expedição, o sueco Hanns Stingger, que também era seu amigo pessoal, que se dedicasse à tradução de inscrições em baixo relevo que se destacavam na entrada da cripta.
Hanns Stingger permaneceu na tumba por várias horas com dois auxiliares, enquanto Krugger pesquisava novos sítios arqueológicos ali perto.
À um forte estrondo seguiu-se um desmoronamento que fechou a entrada do túnel que levava à tumba.
Depois de uma noite inteira de trabalhos Krugger e sua equipe conseguiram chegar de novo à tumba e encontrar Stingger e seus auxiliares. Stingger permanecia sobre escombros com um sopro de vida e os dois ajudantes estavam mortos, soterrados.
As últimas palavras de Stingger antes de morrer foram “Não pronunciem estas palavras. Lacrem a tumba”.
De suas mãos Krugger recuperou papéis com rabiscos e senhas com a possível tradução da frase misteriosa à que nos referimos no inicio.
“Anmitokom Thekinom Hamintah Kronikom Aht Ahrmah”.
ACORDE SENHORA DA MORTE. COMANDE A ESCURIDÃO
John Khussak termina a reportagem afirmando que a frase original foi considerada por Krugger um mantra de invocação que ao ser pronunciado de forma exata provoca estranhos e apavorantes fenômenos. Krugger à teria modificado de propósito, alterando uma única letra para interromper a serie de acidentes fatais que estaria associado a sua pronuncia.
Vários integrantes da expedição, incluindo o próprio Krugger, morreram nos anos que se seguiram de formas consideradas “sem explicação”.
De Londres Edward Von Vivacqua
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