by Pubooteca on Thursday, May
17, 2012 at 12:22pm ·
A
crescente expansão do mercado de livros digitais no Brasil aliada à tendência
de barateamento de tablets e demais computadores portáteis que permitem a
leitura em qualquer lugar do mundo deve fazer com que os livros impressos
desapareçam em até 15 anos.
A
previsão do cientista da computação Silvio Meira, especialista em tecnologia da
informação e estudioso da área, assustou a platéia da Academia Brasileira de
Letras durante o Seminário "O futuro do livro: papel ou chip?",
realizado na noite da última quarta-feira (14).
"Não
há o que temer. Não há como o livro escapar a esta transformação, que se impõe
como inevitável no mundo inteiro", afirmou Meira, ao defender o formato
digital.
Para
especialistas, livro digital vai massacrar o impresso
Pioneiro
na venda de livros digitais no Brasil, Carlos Eduardo Ernanny, proprietário da
editora Gato Sabido (a primeira livraria
digital do país) e da Xerife (primeira distribuidora de livros digitais no
Brasil), alertou para a crescente participação do livro digital na economia
mundial.
"Em
apenas dois anos, os EUA tiveram um aumento de nove milhões de e-books vendidos
em 2009 para 112 milhões em 2011.
A participação das vendas de livros digitais no Brasil
hoje é de 1,5%. No próximo ano o percentual deve chegar pelo menos a 5%",
apontou Ernanny .
A
editora Companhia das Letras, por exemplo, teve 40% dos exemplares da biografia
do Steve Jobs vendidos em formato digital. A grande possibilidade da Apple
montar uma fábrica no Brasil também foi relembrada pelos participantes do
seminário como um fator de colaboração com este novo cenário virtual.
Necessidade
de transformação
Silvio
Meira apontou para a necessidade de se criar livros eletrônicos sem a
linearidade dos livros impressos. "No computador, eu tenho que poder ler
os fascículos separadamente. Não podemos ser obrigados a manter a mesma
linearidade dos livros impressos. Ainda há muito o que ser aperfeiçoado, mas a
transformação é inevitável. Outra questão que merece destaque é a de que
resumos de livros muito longos podem vender mais do que os próprios livros, com
o repasse de uma participação para os autores dos livros", sugeriu o
cientista.
Fonte:
Jornal
do Brasil
Maria
Luisa de Melo
Nenhum comentário:
Postar um comentário